terça-feira, 5 de outubro de 2010

Parabéns, idiota.

Expatriado e abandonado como o cão ruim que és,
te debruças sobre a tua cama.

Fecha os olhos, pensa em uma mulher que quer.
Pensa em você por mais duas horas, e sai.
Em busca de um espírito que jamais terás.
Em busca de coisas que jamais lhe pertencerão.

Tuas míseras cédulas, que não lhe realizam sonhos, não te trouxeram nada.
Nada além, talvez, dos teus desejos mesquinhos.
Das tuas pobres ambições.

Completa teus 20 e tantos anos hoje, moleque.
Compre mais um brinquedo.
Compre mais um de você.

Compre o mundo inteiro, pra fingir que você é você;
Porque é dessa forma rala que ficas ciente de tua existência.

Porque é assim que você fica puto, e quer destruir tudo que é vivo.
Porque és pequeno demais. Um prédio caído. Uma cobra criada.

És somente um pivete.
Tentando tomar a espada do alto de um arranha-céu.


- Juliana, e só.