domingo, 20 de outubro de 2013

AHA


"Escolhe com ternura
Um sítio para a academia tua.
Que um santo bosque haja
De solidão enramada
Junto do rio tranqüilo, sem chuva,
Sob as entrelaçadas raízes
De árvores majestosas que tremulam
Nos ares sossegados; onde os brotos
Da grama delicada são verdes,
Musgo e samambaias adormecidos entre si,
Lírios na água sobrepostos,
Raios de sol nos ramos presos
– Entardecer sem vento e eterno!
Todas as aves do céu silenciadas
Pela baixa e insistente chamada
Da continua queda d’água.
Aí, para um tal cenário sê
Sua gema esculpida de divindade,
Um fogo central sem defeito, subjugado
Como a Verdade no interior de uma esmeralda.”

(Crowley, A.)

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Invocation



I am the serial killer
I am the bloody hand
I am the chief whore taker
I am the chosen one.

I am the red staight razor,
The one who bathes in blood;
I am the boogey-man, I am
The empty yawning hood,
Look not for pity, no;
I am the heartless man,
I come to fix all things,
I am the one man band.

You cannot yet imagine,
How you will dance for me;
But you will dance forever
To the tune that I decree.
The kingdom of the worm,
Is all things to us all,
But I will teach you many things,
before I let you fall.

I am the black dead nightmare.
I bring a light so bright;
To illuminate the path we take;
I show the way that all hearts break,
And I will see the old world´s back be broken

As we descend into the awful



Howling



Night

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Homem dos sonhos

Vagueio no meu mar,
com o amor,

que só pertence a mim.

É lindo mesmo assim.
Quando eu desquero querendo.
Quando eu me convenço a odiar. 

Quando eu olho uma foto sua.
Quando ouço essa canção do Tim...

Sem choro, sem vela.
Sem nada.

Nada em troca,

nada quero,
vou nadando...


Não o espero.
Não o odeio. 

Não sofro.
Não o arranco de mim.

Se não, seria de capricho e não, de verdade.
Se não, seria mentirosa.
Senão essa criança que aparece diante dos teus olhos.


Mesmo depois de feitiços.
Mesmo depois de ouvi-lo dizer-nos numa música.

Eu digo que sei amar.
Sem dor.
Sem dó.

Amo você.
O homem encantado que você é,
e não o que podemos fazer juntos.

- Juliana

domingo, 15 de setembro de 2013

No Use


What do you want from me? I ain't nothin' left to give
What would you like to see? 
A broken heart please spare
me If I could be sad and cried 
and my brother would wonder why 
you don't realized or understand 
what it meant when you pushed away my hand, my hand
Where do you stand with me? 
Lord knows, Lord knows
Where would you like to be? 
in my life please tell me
cause I could be sad and cried 
and my brother would wonder why, 
You don't realize that I understand
What I meant when you pushed away my hand, my hand


I still love you anyway 
What do you want from me? 
I still love you anyway 

but it's a no use, no use without you babe 
I still love you anyway but it's no use

I told you a thounsand times I have nothin' left to give and what do you need from me? 
Nothin' so please leave and let me live
Cause I could been sad and cried and my brother would 
wonder why 
You don't realize that I understand what it
mean when you took away my hand, my hand

But it's a no use, no use without you babe 
I still love you anyway but it's no use 
Without you babe

(Buddy Miles - 
I still love you anyway)

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Adiós

    i'll make me deal, 'eartie

domingo, 11 de agosto de 2013

Invocações

Diga-me, Oráculo!
O que se esconde atrás do não-dito,
O que se esconde atrás do sentido,
O que se esconde atrás da ação.

Diga-me, Hermes!
O que se esconde atrás d'aqueles olhos,
atrás do espelho e debaixo do mundo.

Diga-me, Anúbis! 

Invoco-o nesta hora morta!
Sob a primeira Luz da noite.
Diga-me!

Deitada em minha cova, aguardo,
Estou pronta!


- Juliana

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Confissões de uma pirata

Inalcançável,
Resto-me.
À mim e à minha loucura.
À mim e aos meus pesadelos. 
À mim e à frieza das noites.

Em alto-mar, solitária,
Sinto não levar ninguém.
Pois sei que minha alma é feroz, 
e não permite nada além d'eu. 

No meu navio não se governa,
a certeza, 
a bonança, 
a calmaria...

No meu navio, sou eu-Capitã
Segredeando mapas que crio,
para cruzar caminhos que desconheço, 
mas que serão sempre noite, 
sempre inverno, 
sempre sombrios.

Resto-me. 
À mim e em meus amores.
Eternos amores, 
translúcidos amores, 
fantasmagóricos amores,
que me sorvem às últimas gotas,
me transformam,
me deixam ir...

Não tenho papéis, 
minha única alegria é ser clandestina deste Reino,
dos sem-terra;
dos sem-pais;
dos cem Sóis.

Resto-me.
Inatingível.
Indestrutível. 
Inexorável.

E ainda sim me verás,
sempre perto, 
sempre frágil, 
sempre dócil...


- Juliana ao mar

domingo, 30 de setembro de 2012

Veleiro negro

Em pequenos passos, para que fiquemos só nós para trás...
Uns pequenos gestos para que fiquemos só nós...

Uma prosa em silêncios, que só nós entendemos

Em meio às crianças, você sabe. 

E pelo seu olhar, às vezes eu posso jurar que você entende.
Mas...o quê mais? 


Planos de pirata, sonhos de maré...

Um veleiro a ganhar o mar e um céu só pra nós:
Que há mais de necessário na vida?


Preservo a dúvida de se tens um coração repleto,

Mas tu entendes, de fogo e de tempo.

Boa noite, poeta.


- Juliana, e a mudez

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Ninguém

Em nua carne, em mais um leito de minhas mil mortes.
Não falo, não vivo, não sou.
Num lugar onde não resiste, o coração.

Acalmo meu choro, na fumaça, meu único consolo.
Com as mãos amarelas, sinto-me criança.
E não existe paz, amor, não existe dança.
Nas garras de um dragão, a alma se recolhe.

O que tem sempre atrás daquela porta (que não se detém),
é o gosto amargo da mulher morta que sou.

- Juliana

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Meio-fio

Mal sustentaria um passo sequer.
Na minha leve revolta,
Transcender o que esperam
sempre de uma boa mulher.

Esperando junto à minha angústia,
Sopro fumaça, como um exorcismo
Tentando me livrar dos mil fantasmas que me consomem,
à essa hora, com essa fome.

Queria tudo! Mas não posso quase nada, amor.
Queria você e o mundo...
Mas enfim me resta só a lembrança.
Do tempo que fomos. Do tempo que somos.

O tempo é o senhor de todos os destinos.

Que ele seja também, o meu único parentesco com o universo.
E que me caleje o coração.
Para que possa suportar por mais dez vidas,
viver sem a minha alma,
que em outro planeta guarda todos os meus sonhos.


- Juliana, calada.