quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Corpo Vazio

Eu sou papel e caneta e palavras.
Eu sou a melancolia da minha falta de coragem
Eu sou um vento forte dentro de mim,
e expulso orgãos, e veias e sangue.


Eu sou nada.
Eu sou um corpo vazio andando lépido
E não adianta trazer algo de volta
na automaticidade de um beijo,

ou na pretensão de suas mãos frígidas.

Sou oca.
Pele, osso e carne.
A seiva da sua alma secada pelo sol.

Eu sou seu corpo, tão vazio quanto o meu.



- Juliana