domingo, 1 de agosto de 2010

Martini

Da maldita ansiedade, à compressão dos meus pulmões:
Tudo me faz sufocar.
Mais um dia longe da tua boca
Mais um dia ainda, para você chegar.

Tudo em mim grita, tudo em mim treme.
E meu corpo pede, desesperadamente
qualquer pedaço seu perto de mim.
E a sua voz no meu ouvido,
e a sua mão atrevida...

Ah, meu amor.
Morreria de banzo, se é que já não o sofro.
Uma escrava, acorrentada por 12 malditos dias.
e a sua imagem partindo, e a tristeza de voltar para casa,
E dormir só.
Numa cama fria, numa casa fria.

Qualquer medicina me condenaria à morte ou à camisa de força.
Pois já não como, nem durmo, nem mais nada.
Tudo que faço é pensar, pensar com muita força que amanhã já é madrugada da
primeira segunda-feira de agosto.

E que ela venha depressa, imediatamente.
Pois até lá, já não tenho mais força, pra suportar essa maldita saudade.
Que corroeu tudo que era sangue em mim.

E eu preciso de você, sem gelo, sem açúcar, na veia...
Eu preciso de você aqui.
Pra sempre.

- Juliana, sem ar.