domingo, 16 de novembro de 2008

O Filho da puta

Eu estava deitada em meu quarto.
Acabara de sair do banho, minha pele ainda cheirava à doce fragrância do sabonete,e ele me aparece no quarto com uma garrafa de whisky na mão, e um cigarro na outra.

Mas que filho da puta!
Um filho da puta, eu pensei.

Enquanto eu, de costas, procurava o livro que estava lendo, num andar grosseiro e ébrio, ele arrastou-se até o som e logo em seguida Muddy Waters começou a reverberar por dentro da casa.

Sentou-se na cama e me olhou, com seus olhos de filho da puta desejando naquele momento que sua mãe fosse eu.

E ignorando o tempo que passei me banhando, e me cobrindo de doces perfumes, de perfumesde mulher, ele me agarrou, me agarrou com força.

- Seu filho da puta! Eu disse

E ele juntou meu rosto ao seu, sem dizer nada.Eu podia sentir seu cheiro de devassidão, de perto, me embriagando.

- Seu filho da puta...

E ele sorriu. Sorriu de um jeito sádico, perverso, doce...
E ignorando o tempo que passei me banhando e me cobrindo de doces perfumesroubei seu cigarro e sua garrafa, e me rendi.

E enquanto ele me arrancava a roupa com um olhar que prometia as coisas mais sórdidas disse:
- Hoje você vai ser minha mãe.