Pele ferindo, com gotas de chuva.
Entro num bar, fugindo de outro;
cabeça girando, cabeça baixa.
E por um momento eu pensei por quê?
Por que diabos se escondem todos?
E saí, de repente, pra lutar com a chuva.
Sozinha andei por muitos quarteirões,
Quarteirões infinitos, se estendendo na madrugada.
Segui o som e um amigo que não liga.
Sentei sozinha, onde eu me pudesse ver.
Eles passavam, confundindo com o lixo.
"Quanta honra!...Por estar aqui!" pensei com o coração.
Ele parecia tão eloquente falando sobre as coisas do mundo e da vida.
Passou por mim, e fingiu não me conhecer.
Cabeça de plástico, coração de pedra.
Você não é ninguém.
- Juliana machucada.
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