segunda-feira, 25 de maio de 2009

Tempestade

Pele ferindo, com gotas de chuva.
Entro num bar, fugindo de outro;
cabeça girando, cabeça baixa.

E por um momento eu pensei por quê?
Por que diabos se escondem todos?
E saí, de repente, pra lutar com a chuva.

Sozinha andei por muitos quarteirões,
Quarteirões infinitos, se estendendo na madrugada.
Segui o som e um amigo que não liga.
Sentei sozinha, onde eu me pudesse ver.

Eles passavam, confundindo com o lixo.
"Quanta honra!...Por estar aqui!" pensei com o coração.
Ele parecia tão eloquente falando sobre as coisas do mundo e da vida.
Passou por mim, e fingiu não me conhecer.

Cabeça de plástico, coração de pedra.
Você não é ninguém.


- Juliana machucada.

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