Todas as noites meu quarto me vê.
Me vê como eu sou.
Todas as noites eu choro pelos dias:
os que passaram, os que ainda me destróem
e os que por fim, me matarão.
Todas as noites eu vejo meu fauno.
Ébrio, faceiro. Todas.
E às vezes alguém entra sem bater, machucando.
"Porque diabos choras?", "Te internarei num hospício!"
E eu choro pelo mundo, minha alma pobre...
Eu choro por você, e por mim.
No mundo que eu não escolhi viver,
em qual me atiraram, tal como se joga uma pedra em um poço velho.
Eu choro aqui, e quando fora daqui, é a minha alma quem o faz.
E a dor que eu sinto pelo mundo, não é para ser questionada.
Sofro porque o mundo é mundo, e desde que nele estou.
E não sei dele me libertar...
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