De todas as formas que poderia pagar, pelo que eu faço a mim mesma e aos outros.
É a pior de todas, viver em mim.
Vã filosofia essa, que guia a alma ao topo e ao abismo.
Vazio nada pensar, que me enriquece e me tira a vida.
De todas as formas belas em que eu poderia pensar.
Me entorpece a solidão. Mesmo num domingo de sol, um rio nos meus olhos desesperados.
Rio de delírio. Delírios de dezembro. Delírios da vida inteira.
"Vamos, diga-me o que te aflige! Eu quero escutar."
É meu dissimulado "sim".
É guardar-me em mim, irmão querido, e me atirar.
Todos os poetas que moram em você, podem sentir.
Todos os Augustos, Fernandos, Gregórios...
Eles sentem o cheiro póstumo que sai de mim.
Mas que você, pela sua própria boca sóbria, não ousaria pronunciar.
Magnânimo auto-flagelo.
Inexorável ignorância.
E assim continuamos morrendo:
Sozinhos.
- Juliana, sincera.
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"Toda criatura viva na Terra morre sozinha."
(Donnie Darko)
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