Me mande para o inferno então,
com sua espátula de flores que
fedem a mentira e a verdade,
um bem-me-quer de saudade,
nas asas de um demônio esperto.
Minha alma se transfere para,
um grito rouco e sem fim,
E você perto de mim,
com esse surrurar maldito e macabro,
querendo ser meu escravo,
querendo ser meu.
Vai! Me mandas para o inferno!
Com suas lágrimas envenenadas,
com gosto de vinho e cigarro.
Incendeio tua casa, tuas roupas, teu dinheiro
tuas gravatas, teu corpo, tua boca, minha boca,
essa cama e teus lençóis...
Há um laço de fita unindo teu coração ao meu.
Vou para o inferno contigo
e essa coisa medonha que tu chamas de amor.
Meu amor, seu amor,
nosso amor, só nosso.
No inferno e em qualquer lugar.
- Juliana
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