terça-feira, 7 de agosto de 2007

Mande-me para o Inferno

Me mande para o inferno então,
com sua espátula de flores que
fedem a mentira e a verdade,
um bem-me-quer de saudade,
nas asas de um demônio esperto.


Minha alma se transfere para,
um grito rouco e sem fim,
E você perto de mim,
com esse surrurar maldito e macabro,
querendo ser meu escravo,
querendo ser meu.

Vai! Me mandas para o inferno!
Com suas lágrimas envenenadas,
com gosto de vinho e cigarro.

Incendeio tua casa, tuas roupas, teu dinheiro
tuas gravatas, teu corpo, tua boca, minha boca,

essa cama e teus lençóis...
Há um laço de fita unindo teu coração ao meu.

Vou para o inferno contigo
e essa coisa medonha que tu chamas de amor.
Meu amor, seu amor,
nosso amor, só nosso.

No inferno e em qualquer lugar.



- Juliana

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